sábado, 16 de março de 2013

Seção Apologética: O que o cristianismo tem a ver com os Mórmons?


Acho que todos nós conhecemos os Mórmons (também conhecidos como “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”). São aqueles rapazes americanos, sempre em duplas, que andam recorrendo o mundo todo, vestidos de camisa branca, calça social, mochila e gravata, e anunciando uma “forma de cristianismo” diferente. Também algumas vezes podemos encontrar um templo dos Mórmons. Eles seguem uma arquitetura bastante padronizada, com estilo bem americano, e geralmente se vê pouco movimento nas suas redondezas. A questão que quero colocar aqui é a seguinte: por que considerarmos os Mórmons uma seita? Por que o evangelho que eles pregam não pode ser considerado cristão? Qual é o erro central da sua doutrina? Não pretendo entrar aqui nas doutrinas específicas que eles ensinam, mas sim pretendo mostrar brevemente a base errada da origem do pseudo-evangelho que eles apresentam. É importante salientar que, além da Bíblia, eles utilizam como referência o livro do profeta Mórmom, e foi neste livro que se originou este grupo. Veja a seguinte descrição a respeito da origem deles (ênfase meu em negrito): 

“...ele [John Smith, fundador da seita] declarou que que o “anjo Moroni” tinha lhe aparecido, mostrando-lhe uma coleção de placas de ouro, escritas em hieróglifos egípcios. Ademias, Moroni entrou-lhe duas “pedras de vidente” que lhe permitiam ler os hieróglifos. Escondido atrás de uma cortina, Smith dedicou-se a traduzir as placas em voz alta, enquanto outras pessoas, do outro lado da cortina, escreviam o que  ele ditava. Assim surgiu o Livro de Mórmom, publicado em 1830. No princípio do livro, incluía-se o testemunho de várias pessoas que diziam ter visto as placas originais, antes de Smith declarar que Moroni as reclamara e levara de volta. No mesmo livro, narrava-se a origem dos índios americanos, a partir da confusão de Babel. Depois de uma longa luta entre os índios bons e os maus, só dois restaram dos bons Mórmon e seu filho Moroni. Estes dois esconderam as placas de ouro, até que Moroni, reaparecendo na forma de anjo, mostrou-as a Smith” (Justo L. Gonzáles. História ilustrada do cristianismo, Vol.II, p.392, Ediçoes Vida Nova).

O que nós, cristãos conservadores, podemos responder à origem deste grupo? Muito simples: eles não se encaixam no ensinamento apostólico. Em Efésios 2 encontramos escrito que a mensagem de salvação de Cristo foi manifesta por meio dos apóstolos e Paulo conclui em Efésios 2.19b-20: “...sois família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”. O Antigo Testamento da Bíblia fundamentado nos profetas e o Novo Testamento nos apóstolos. A mensagem de salvação de Cristo tinha sido encomendada aos apóstolos, e aqui vem nosso ponto contra os Mórmons: este livro nega a mensagem apostólica, pois desconsidera as palavras do apóstolo Paulo em Gálatas 1.6-9:

“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.”
Portanto, a própria Bíblia que os Mórmons dizem seguir, nega a eficácia do livro central da religião deles (o livro de Mórmom), pois este livro foi dado teoricamente por um anjo dos céus. Paulo diz que qualquer evangelho diferente, que acrescente algo àquele já dado por meio dos apóstolos, seja anátema, isto é, maldito, mesmo que tenha sido dado por um anjo dos céus. Como esta a igreja afirma que o Livro de Mórmon é um outro testamento de Jesus Cristo, nada nos resta para dizer a tal doutrina, apenas que eles precisam voltar ao evangelho da verdade, aquele dado por Cristo e seus apóstolos escolhidos e apresentado nas Sagradas Escrituras. Como bem disseram os Reformadores do Século XVI em uma de suas cinco solas: “Sola Scriptura” (Somente as Escrituras). Que sejam somente as Sagradas Escrituras apresentadas na Bíblia a nossa única base de fé!

Nenhum comentário:

Postar um comentário