Acho que todos nós conhecemos os
Mórmons (também conhecidos como “A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias”). São aqueles rapazes americanos, sempre em duplas, que andam
recorrendo o mundo todo, vestidos de camisa branca, calça social, mochila e gravata, e
anunciando uma “forma de cristianismo” diferente.
Também algumas vezes podemos encontrar um templo dos Mórmons. Eles seguem uma
arquitetura bastante padronizada, com estilo bem americano, e geralmente se vê
pouco movimento nas suas redondezas. A questão que quero colocar aqui é a
seguinte: por que considerarmos os Mórmons uma seita? Por que o evangelho que
eles pregam não pode ser considerado cristão? Qual é o erro central da sua
doutrina? Não pretendo entrar aqui nas doutrinas específicas que eles ensinam,
mas sim pretendo mostrar brevemente a base errada da origem do pseudo-evangelho
que eles apresentam. É importante salientar que, além da Bíblia, eles utilizam
como referência o livro do profeta Mórmom, e foi neste livro que se originou
este grupo. Veja a seguinte descrição a respeito da origem deles (ênfase meu em
negrito):
“...ele [John Smith, fundador da seita] declarou que
que o “anjo Moroni” tinha lhe
aparecido, mostrando-lhe uma coleção de placas de ouro, escritas em hieróglifos
egípcios. Ademias, Moroni entrou-lhe duas “pedras de vidente” que lhe permitiam
ler os hieróglifos. Escondido atrás de uma cortina, Smith dedicou-se a traduzir
as placas em voz alta, enquanto outras pessoas, do outro lado da cortina,
escreviam o que ele ditava. Assim surgiu o Livro de Mórmom,
publicado em 1830. No princípio do livro, incluía-se o testemunho de
várias pessoas que diziam ter visto as placas originais, antes de Smith
declarar que Moroni as reclamara e levara de volta. No mesmo livro, narrava-se
a origem dos índios americanos, a partir da confusão de Babel. Depois de uma
longa luta entre os índios bons e os maus, só
dois restaram dos bons Mórmon e seu filho Moroni. Estes dois esconderam
as placas de ouro, até que Moroni,
reaparecendo na forma de anjo, mostrou-as a Smith” (Justo L. Gonzáles. História
ilustrada do cristianismo, Vol.II, p.392, Ediçoes Vida Nova).
O que nós, cristãos conservadores,
podemos responder à origem deste grupo? Muito simples: eles não se encaixam no
ensinamento apostólico. Em Efésios 2 encontramos escrito que a mensagem de
salvação de Cristo foi manifesta por meio dos apóstolos e Paulo conclui em
Efésios 2.19b-20: “...sois família de
Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo,
Cristo Jesus, a pedra angular”. O Antigo Testamento da Bíblia fundamentado
nos profetas e o Novo Testamento nos apóstolos. A mensagem de salvação de
Cristo tinha sido encomendada aos apóstolos, e aqui vem nosso ponto contra os
Mórmons: este livro nega a mensagem apostólica, pois desconsidera as palavras do
apóstolo Paulo em Gálatas 1.6-9:
“Admira-me que estejais passando tão depressa daquele
que vos chamou na graça de Cristo para
outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos
perturbam e querem perverter o
evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do
que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora
repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja
anátema.”
Portanto, a própria Bíblia que os
Mórmons dizem seguir, nega a eficácia do livro central da religião deles (o
livro de Mórmom), pois este livro foi dado teoricamente por um anjo dos céus.
Paulo diz que qualquer evangelho diferente, que acrescente algo àquele já dado
por meio dos apóstolos, seja anátema, isto é, maldito, mesmo que tenha sido
dado por um anjo dos céus. Como esta a igreja afirma que o Livro de
Mórmon é um outro testamento de Jesus Cristo, nada nos
resta para dizer a tal doutrina, apenas que eles precisam voltar ao evangelho
da verdade, aquele dado por Cristo e seus apóstolos escolhidos e apresentado
nas Sagradas Escrituras. Como bem disseram os Reformadores do Século XVI em uma de suas cinco solas: “Sola
Scriptura” (Somente as Escrituras). Que sejam somente as Sagradas Escrituras apresentadas na Bíblia a nossa única base de fé!
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